sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Primeira chuva

Ela estava quase chegando quando um pingo grosso e muito gelado caiu perto do seu olho e em questão de segundos a chuva caia solta, livre, depois de um dia muito quente. Ela curtiu, sentiu cada gota tocar em sua pele, sua roupa cada vez mais pesada, pela primeira vez ela estava livre. Assim que chegou a seu gramado acolhedor, largou suas coisas em qualquer lugar, tirou os sapatos e andou, pelo tapete verde esmeralda tão familiar, deitou no chão e deixou a chuva molhar livremente sua péle exposta, fechou os olhos e sentiu cada gotinha caindo no seu corpo, era uma sensação deliciosa, refrescante... cada uma delas pinicava de uma forma diferente quando à tocava, era maravilhoso, indescritível. Ela estava em paz. Abriu os olhos e assim como ela tudo a sua volta sorria, fadinhas multicoloridas saiam dos arbustos, as flores vibravam com o toque suave da chuva, o gramado reluzia em suas cores marcantes, e a balança vermelha com seu quadrado de terra vermelha muito simétrico, balançava suavemente, acompanhando o ritmo feliz de todas as coisas. Ela estava em paz.

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